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18/06/2006
Parada cardíaca ou Morte súbita cardíaca

A morte súbita de origem cardíaca, (muitas vezes também chamada de parada cardíaca) é conseqüência de uma parada abrupta da função do coração, fazendo com que ele cesse seu funcionamento.

Uma característica fundamental para o conceito da morte súbita é que ela ocorre de modo inesperado em relação ao momento e ao modo de sua ocorrência. De um modo geral, ela surge poucos minutos após o início dos sintomas. A principal causa subjacente da morte súbita é a doença das artérias coronárias, que se tornam ocluídas, pela deposição de placas gordurosas e coágulos sangüíneos. As artérias coronárias são as responsáveis pelo suprimento de sangue aos músculos do coração.

Causas

Ao se bloquear agudamente o suprimento de sangue para o músculo cardíaco, pela oclusão de uma coronária, pode surgir instabilidade nos batimentos cardíacos (arritmias). Estes podem se tornar muito rápidos (taquicardia ventricular) e/ou caóticos (fibrilação ventricular). Estas arritmias eventualmente evoluem para a parada dos batimentos do coração.

Uma outra origem da parada cardíaca pode surgir em situações nas quais o coração se torna extremamente lento, o que se chama bradicardia.

A maioria dos pacientes vítimas da morte cardíaca súbita já apresenta, em seus exames pós-morte, comprometimento de duas ou mais artérias importantes do coração, sendo que pelo menos uma delas costuma estar completamente ocluída agudamente. Dois terços das vítimas já apresentam cicatrizes de infartos prévios do coração. É interessante notar que muitos destes infartos prévios podem ter passado sem diagnóstico e tratamento anteriore, sendo o episódio muitas vezes interpretado pelo paciente como "problema de estômago" ou "gás"; é comum o paciente se recusa a buscar atendimento médico.

Quando a morte cardíaca súbita ocorre no jovem, as causas mais prováveis geralmente são outras, que não as oclusões das artérias coronárias. A liberação de adrenalina durante atividade física intensa, age muitas vezes, com um fator desencadeante para a parada cardíaca. Este tipo de situação ocorre com maior freqüência quando o indivíduo já é portador de algum tipo de condição clínica prévia, muitas vezes congênita.

Sob certas condições, o uso de medicamentos e de drogas ilícitas, pode precipitar a morte cardíaca súbita, em indivíduos de qualquer idade, inclusive jovens, não portadores de doenças coronarianas. O mecanismo, nestes casos, é o surgimento de arritmias cardíacas, essas arritmias evoluem para a cessação dos batimentos do coração.

O termo "ataque cardíaco maciço", muitas vezes é usado de modo errôneo, para descrever a morte súbita cardíaca. O "ataque cardíaco" ou "infarto cardíaco" refere-se à morte dos músculos do coração devido à perda de suprimento sanguíneo das artérias coronárias, mas não necessariamente resulta em parada cardíaca ou morte do paciente. Um ataque cardíaco pode levar à parada cardíaca e à morte súbita cardíaca, mas os termos não são sinônimos.

Tratamento

A parada cardíaca é reversível em muitas das vítimas do quadro, se tratada em poucos minutos com um choque elétrico aplicado no peito (o termo medico é desfibrilação), por um aparelho chamado desfibrilador. A chance de uma vítima se recuperar diminui em 7 a 10 %, a cada minuto que se passa sem a desfibrilação.

A morte cerebral e a morte permanente ocorrem em 4 a 6 minutos após a parada cardíaca. Poucas tentativas de ressuscitação são bem sucedidas após 10 minutos.

As manobras de ressuscitação podem ser realizadas por leigos com algum treinamento (de imediato), por paramédicos e por médicos. Além da desfibrilação (que depende de um equipamento, o desfibrilador), as manobras incluem a massagem cardíaca e a ventilação artificial (que pode ser iniciada com a respiração boca a boca).

O tratamento definitivo das pessoas que foram recuperadas de uma parada cardíaca inclui a investigação das causas e o seu tratamento, para prevenir futuros episódios. As principais causas tratadas são as obstruções das coronárias e as arritmias. Estas, muitas vezes, quando diagnosticadas como arritmias malignas e potencialmente letais, podem necessitar do implante de aparelhos tipo marcapassos cardíacos.

Os exames e o tratamento posterior incluem o cateterismo cardíaco, os testes eletrofisiológicos, as angioplastias e implantes de stent, as cirurgias de revascularização miocárdica, as drogas antiarrítmicas e os implantes de marcapasso.

Fonte: American Heart Association

 




 

 

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