Resultados de um estudo publicado em 25 de setembro de 2006, pela revista Archives of Internal Medicine indicam: um número significativo de pacientes suspende o uso de seus medicamentos depois de um infarto agudo do miocárdio (IAM; ataque cardíaco), apesar de que estes medicamentos aumentam a sua sobrevida.
Na pesquisa, investigadores do Denver Veterans Affairs Medical Center, no Colorado, realizaram uma revisão de 1521 pacientes registrados no estudo PREMIER (Prospective Registry Evaluating Myocardial Infarction: Event and Recovery). Os participantes receberam alta de um dos 19 centros médicos que participaram na investigação nos anos de 2003 e 2004.
Foi avaliado se os pacientes permaneciam ou não em uso de medicamentos recomendados, para o período pós-infarto, durante os 12 meses posteriores ao diagnóstico, e o impacto de seu uso ou suspensão na mortalidade. Os medicamentos incluíam a aspirina, estatinas (para redução do colesterol) e betabloqueadores.
Os resultados mostraram que, neste período, um em cada oito pacientes suspenderam o uso de seus medicamentos, 30 dias após a alta hospitalar. Esta suspensão do uso dos medicamentos teve um impacto na mortalidade: entre aqueles que suspenderam os remédios, a sobrevida após 1 ano foi de 89%, quando comparado com a sobrevida de 98% após 1 ano entre os que não suspenderam a medicação.
A pesquisa foi publicada na revista Archives of Internal Medicine.
Fonte: Archives of Internal Medicine