Estudo divulgado durante o Congresso Mundial de Cardiologia, realizado em Barcelona, no mês de setembro deste ano, revelou que ter Síndrome Metabólica pode aumentar o risco de morte súbita de origem cardíaca em 70%. Segundo o cardiologista Rogério Henrique Urbano, Síndrome Metabólica é a junção da obesidade abdominal com outros fatores, como diabetes e pressão alta.
"Juntos, esses fatores aumentam consideravelmente as chances de um indivíduo ter doenças cardiovasculares", explica.Acrescenta que a cintura abdominal acima de 94 cm para homens e 80 para mulheres, glicose acima de 100 mg/dl, pressão arterial igual ou acima de 130 por 85, HDL-C (bom colesterol) abaixo de 40 mg/dl para homens e 50 para mulheres e triglicérides acima de 150 mg/dl são sintomas da Síndrome Metabólica. Dentre as principais causadoras de mortes súbitas, as doenças cardíacas levam todo o corpo a sofrer alterações.
Por isso se faz necessário um acompanhamento constante com o cardiologista. "Se a pessoa apresenta problemas que desencadeiam doenças do coração, com o acompanhamento médico conseguimos tratar, minimizando a ação desses fatores e aumentando a expectativa de vida", afirma o cardiologista.
A SM afeta aproximadamente 50% das pessoas com mais de 60 anos, 85% dos diabéticos e 40% a 50% dos cardíacos. Segundo Rogério, os principais fatores que levam ao desenvolvimento da Síndrome Metabólica incluem os ambientais e predisposição genética; hábitos alimentares inadequados e falta de exercícios físicos, além de pressão alta, colesterol anormal e tendência para diabetes. A famosa barriguinha é uma grande vilã.
Ela inicia todo o processo de acúmulo de gordura. As placas vão para o coração e entopem as artérias, o que pode levar ao infarto ou morte súbita. "Portanto, dietas alimentares não estão ligadas apenas à questão estética, mas também a uma boa qualidade de vida, longe dos problemas cardíacos", garante o especialista.
Fonte: Jornal da Manhã