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13/12/2006
Diploma turbinado

Médicos deverão renovar certificado a cada cinco anos. Profissionais admitem necessidade de educação continuada, mas criticam tabela de pontuação.

Veja a tabela de pontuação aqui!

O valor do título de especialista em qualquer área da Medicina tem prazo de validade. Como a carteira de motorista, terá de ser renovado de tempos em tempos. A resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) de avaliar e fiscalizar a educação continuada dos profissionais tem apoio parcial da categoria. A exemplo do que ocorre em muitos países, os médicos especialistas brasileiros terão de comprovar a cada cinco anos que participam de atividades de atualização médica, como congressos, cursos e debates. Todos concordam que atualização é necessária, mas cobram meios que facilitem o acesso a essa informação, sob o argumento de que a categoria tem de acompanhar de perto as formas de avaliação e de atualização dos médicos, desde que vinculadas à qualidade da educação que lhe é oferecida ainda na formação.

“Concordo com o objetivo da medida, que é a qualificação permanente do médico, desde que possibilite instrumentos de acesso essa educação continuada”, defende Eduardo Santana, presidente da Federação Nacional dos Médicos (Fenam), e membro do Sindicato dos Médicos do Estado de Goiás. A crítica do médico é em relação à forma de avaliação pontuada, que, para ele, precisa ser revista. “A tabela de pontuação do formato que foi composto preocupa porque um professor universitário que escreveu um livro recebe menos pontuação do que um médico ouvinte ou participante de um congresso.” Santana se refere à tabela de pontuação de cada atividade, que o médico vai ter de apresentar ao CFM na hora de atestar sua atualização por meio da participação em congressos, seminários e outras atividades devidamente credenciadas pela Comissão Nacional de Acreditação (CNA).

Tabela – Cada atividade vale um determinado número de pontos que, ao final dos cinco anos, deve somar, no mínimo, 100. Caso não sejam acumulados 100 créditos no período de cinco anos, haverá a opção de prova para certificação de atualização profissional do título de especialista. Quem não conseguir obter a pontuação mínima nem fazer a prova ou passar, não recebe o Certificado de Atualização Profissional (CAP), sob pena de perder o registro do documento profissional.

O presidente da Fenam observa que a dificuldade financeira é outro empecilho. Ele argumenta que os congressos demandam investimentos, especialmente se forem considerados os médicos que estão no interior do País. Eduardo frisa que o título de médico é inalterável; o que vai ser acrescentado é um selo de qualidade.

Para ele, o ideal seria buscar instrumentos alternativos para essa qualificação junto ao Estado, à sociedade, às especializações e aos órgãos do setor. “O profissional tem de receber formação de qualidade e ter facilitado o acesso à informação.”

Para o presidente da Comissão de Revalidação de Diploma da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás (UFG), Celso da Cunha Bastos, a revalidação é uma forma de exigir educação continuada. Ele observa que os programas estão mais voltados para as especialidades e que hoje um médico tem de se manter atualizado. “São 150 mil artigos científicos publicados por dia; é uma velocidade que o profissional tem de acompanhar.”

Doutor Celso concorda que o investimento em especialização é caro e também defende uma política de Saúde do governo mais efetiva. Ele diz que o orçamento do governo é mal distribuído, e que hoje um gabinete de funcionários públicos tem condições melhores que de um hospital público.

Fonte: Diário da Manhã

 




 

 

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