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08/02/2007
Novo exame em 3D detecta arritmias cardíacas

O diagnóstico e o tratamento das arritmias estão cada vez mais precisos. E o detalhe que está fazendo toda diferença na forma de ver a origem da doença no coração é simples: uma imagem em 3D do órgão obtida em tempo real por computação gráfica.

Até há pouco tempo, a técnica mais usada para diagnóstico e tratamento das arritmias mapeava o órgão por dentro e produzia só gráficos em 2D. “O problema é que para formar os gráficos são necessários muitos batimentos da arritmia, que freqüentemente não aparecem durante o exame”, explica o cardiologista José Carlos Pachón Mateos, chefe do Serviço de Arritmia do Hospital do Coração, em São Paulo, centro que acaba de instalar o aparelho. “Com os novos sistemas de navegação tridimensional, basta um batimento da arritmia para construir o mapa completo de sua origem e de seu trajeto.”

O mapeamento cardíaco interno é feito por minieletrodos levados por cateter até o coração - o cateter entra por punção na virilha ou no ombro. Ao chegar no órgão, os eletrodos detectam os sinais elétricos dos batimentos. “É como se fosse um eletrocardiograma feito dentro do coração”, diz Eduardo Sosa, diretor da Unidade de Arritmia e Marca-passo do Instituto do Coração (Incor), em São Paulo.

Margem de Erro

Com o novo sistema, é possível movimentar, visualizar e posicionar eletrodos dentro do coração sem a necessidade de raio X. A margem de erro na localização do foco da arritmia com a imagem em 3D do coração é de 2 a 3 milímetros. Com os sistemas 2D é, pelo menos, de cinco a oito vezes maior.

O posicionamento dos eletrodos através da imagem em 3D também permite que o médico realize microcauterizações altamente precisas em áreas do coração que apresentam distúrbios dos sinais elétricos. A eliminação destas áreas problemáticas faz com que muitos tipos de arritmias recebam tratamento definitivo.

Além do Hospital do Coração, pelo menos outros quatro centros brasileiros são capacitados para fazer esse tipo de exame, como o Instituto do Coração, o Hospital São Paulo e a Clínica de Eletrofisiologia Cardíaca do Paraná e do Rio.

O Que é a Doença

Arritmia é a alteração dos batimentos cardíacos (aceleração, redução e descompassos). Um coração sadio bate de 50 a 90 vezes por minuto, em repouso. A taquicardia ocorre quando os batimentos ultrapassam 90. Bradicardia é quando os batimentos ficam em menos de 50.

O coração é um músculo formado por duas bombas, uma do lado direito e outra do lado esquerdo, cuja função principal é impulsionar o sangue que leva oxigênio para todas as células do corpo. Num adulto, cada batida bombeia de 30 a 50 mililitros.

Para essa e outras funções, o coração tem de contrair e relaxar. Mas isso só acontece graças a um mecanismo sincronizado, que depende de um estímulo elétrico gerado por células que desempenham o papel de uma espécie de marca-passo natural. Qualquer desacerto nesses estímulos é chamado de arritmia. Uma das arritmias mais freqüentes é a fibrilação atrial. Neste caso, inúmeros focos disparam impulsos elétricos de forma muito rápida e desordenada.

As arritmias podem ocorrer em qualquer idade, mas a maior incidência da doença ocorre entre pacientes de 15 a 65 anos. Os principais sintomas da doença são palpitações, tontura, mal-estar, escurecimento da visão e desmaios, entretanto determinadas arritmias podem ocasionar morte súbita.

Adriana Dias Lopes

Fonte: Estadão

 




 

 

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