A principais causas de morte na nossa sociedade são o ataque cardíaco e derrame. Uma em cada cinco pessoas morrem destes males no Brasil. A perspectiva é ainda pior: de que em 2020 os problemas relacionados às doenças vasculares do coração e do cérebro sofram um grande incremento devido à urbanização crescente e ao estilo de vida da sociedade industrial.
O alerta é do cardiologista Euler Manenti, chefe da Unidade de Tratamento Coronariano do Hospital São Lucas de Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Ele palestrou sobre doenças nas coronárias durante o segundo dia do X Congresso Sulbrasileiro de Cardiologia e IX Congresso Catarinense de Cardiologia, que encerra amanhã, no Costão do Santinho, em Florianópolis.
O cardiologista informou que o aumento da pressão arterial é a maior causa de morte e de seqüelas no mundo, sendo responsável por 62% de todos os tipos de derrame e 48% de todas as doenças cardíacas, segundo dados apresentados na 2ª. Conferência de Envelhecimento e Futuras Gerações realizada na Suíça, em setembro de 2006. Por outro lado, a hipertensão é a doença mais prevenível, embora afete 20 a 50% da população adulta nos países desenvolvidos. O que mais preocupante, diz o cardiologista, é que até 2025 estima-se que três quartos da população de hipertensos estarão residindo em países em desenvolvimento devido à urbanização acelerada.
Outra epidemia que se vislumbra é o crescimento do diabetes devido ao aumento da obesidade em grandes faixas da população. Em compensação, há uma boa notícia: 80% dos ataques cardíacos podem ser prevenidos através de uma redução de ingesta de sal, uma dieta balanceada que inclua frutas e verduras, com controle rigoroso da pressão arterial buscando níveis de 12 por 8, controle do colesterol, abandono do tabagismo e atividade física regular.
Fonte: Portal da Ilha