No dia 25 de setembro, é celebrado o Dia Mundial do Coração. A data foi criada com o objetivo de sensibilizar a população, alertá-la sobre os perigos das doenças que podem acometer esse órgão vital e mostrar como preveni-las. Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, as doenças cardíacas causam 300 mil mortes por ano no Brasil, tendo como principais fatores de risco males como a hipertensão arterial, diabetes, obesidade e o colesterol alto.
A prática freqüente de exercícios físicos, a regularidade nas visitas ao consultório médico e o controle da alimentação são algumas formas de se prevenir as doenças do coração. "E, para essa última estratégia preventiva, o azeite se destaca como um grande aliado", diz Marília Malvezzi Karwowski, engenheira de alimentos da La Violetera, uma das maiores importadoras do produto no Brasil.
"A composição química do azeite apresenta hidrocarbonetos (esqualeno), o que favorece a excreção de toxinas e a saúde celular. Possui esteróis (ß-sitosterol), que reduzem o colesterol, além de ter compostos fenólicos, que inibem a oxidação e reagem com radicais livres, inibindo a agregação plaquetária", explica Marília. Esses ingredientes auxiliam também na prevenção e tratamento da arteriosclerose, trombose, diabetes e hipertensão, entre outros males.
A engenheira de alimentos deixa algumas dicas de como escolher e utilizar o azeite na alimentação diária.
- Há disponíveis no mercado mais de 300 variedades de azeite. Prefira o extravirgem, obtido exclusivamente por processos mecânicos (físicos) e que preservam sabores e aromas.
- Verifique a data de fabricação e o grau de acidez. O azeite de oliva não segue a lógica do vinho. Quanto mais "novo" melhor.
- A qualidade do produto está relacionada a uma combinação de fatores, entre eles a variedade da azeitona, maturação dos frutos no momento do processamento, o clima, o solo da região de cultivo, além da análise sensorial, que define atributos de cor, sabor, aroma e textura.
- O azeite combina com os mais variados pratos. Além da pizza, pode servir de tempero no bacalhau, no quibe cru, em risotos e patês, em carnes marinadas, tomates secos e carpaccios e até em refeições com frutos do mar.
- O condimento só deve ser evitado em frituras que precisem de temperatura superior a 220°C, pois quando os azeites são aquecidos ou oxidados, suas moléculas de ácidos graxos se degradam, podendo deixar um gosto amargo na comida.
- Para saladas ou refogados, é possível temperar o azeite com ervas aromáticas, como o alecrim, manjericão, orégano e pimentão, personalizando ainda mais o sabor da refeição.
Fonte: Redação Bonde