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25/10/2007
Tomografia diagnostica obstrução de artérias

Pesquisadores de oito instituições através do mundo avaliaram a utilização da tomografia computadorizada no diagnóstico não-invasivo da obstrução das artérias coronarianas. Os pacientes estudados tiveram as imagens de suas artérias obtidas por tomografia computadorizada comparadas com o resultado da angiocoronariografia, realizada por cateterismo das artérias.

A avaliação diagnóstica de um paciente com sintomas sugestivos de obstrução das artérias coronárias segue uma estratégia que é traçada de acordo com seus sintomas e condição clínica. Habitualmente, se as condições permitem, os cardiologistas lançam mão de métodos não-invasivos como eletrocardiogramas em repouso e esforço, ecocardiograma e exames de medicina nuclear (cintilografia do miocárdio). Todos esses não-invasivos e que fornecem informações indiretas do fluxo de sangue nas artérias do coração.

O estudo direto desses vasos sangüíneos até o momento só era possível através da angiografia coronariana, com o estudo radiológico das artérias coronarianas que recebem contraste diretamente injetado através de um cateter inserido em uma artéria da perna ou do braço.

A tomografia computadorizada do coração também é um exame radiológico. A diferença é que o contraste é injetado em uma veia do braço e chega às artérias do coração seguindo o fluxo normal. O exame dessas artérias só se tornou possível com o desenvolvimento dos aparelhos com 64 detectores, ou seja, a cada giro do aparelho, 64 imagens são obtidas e reconstruídas pelo computador. Para estudar o coração o tomógrafo identifica o ritmo cardíaco e correlaciona a imagem com o batimento, permitindo a reconstrução detalhada das artérias que alimentam o músculo cardíaco.

A pesquisa comparou o resultado de 291 pacientes, o que significa a análise de 868 artérias diferentes, com mais de três mil segmentos arteriais estudados.

A comparação com a angiografia (cateterismo) mostrou que a tomografia computadorizada tem uma sensibilidade de 85%, com 90% de especificidade para detectar as obstruções nas artérias coronárias. Além apresentar baixos índices de possíveis resultados falso-positivos ou falso-negativos.

Mas nem tudo são flores, pois existem limitações, como ressaltou a pesquisadora Julie Miller, da Universidade Johns Hopkins, que apresentou os resultados no Congresso da Associação Americana do Coração, em Orlando.“Pacientes que tem um alto teor de cálcio depositado em suas artérias coronárias tornam a realização do estudo muito difícil, porém o método é uma excelente alternativa para pacientes com risco moderado ou baixo de terem problemas coronarianos e apresentaram resultados controversos nos exames de esforço, por exemplo, e acabariam sendo submetidos a um cateterismo com angiografia.”

A cardiologista alerta para a necessidade de um treinamento especial para que os radiologistas possam ser capazes de realizar o exame. Nos Estados Unidos, a Associação Americana do Coração e o Colégio Americano de Cardiologia estão determinando diretrizes para esse treinamento.

O método já está disponível no Brasil nos grandes centros onde existem os tomógrafos de 64 canais e médicos treinados para realização do exame.

Fonte: Gazeta Online

 




 

 

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