Os portugueses continuam a não saber escolher as gorduras para barrar o pão, apesar da informação e das recomendações nutricionais. Segundo um estudo da Nielsen, as mães portuguesas não sabem a diferença entre «gorduras boas» e «gorduras más», pelo que ainda «não sabem dar as gorduras mais saudáveis aos seus filhos».
O inquérito, realizado em Fevereiro de 2008, entrevistou mães entre os 25 e os 45 anos. 76 por cento das inquiridas ainda acredita que a manteiga de origem animal e rica em gordura saturada é mais saudável que as margarinas de origem vegetal e ricas em gorduras insaturadas.
Segundo Manuel Carrageta, presidente da Fundação Portuguesa de Cardiologia, a solução «não passa por eliminá-las» do regime alimentar. «As gorduras são essenciais ao bom funcionamento do organismo. O problema está em saber escolhê-las e na quantidade de gorduras ingeridas», afirma.
O estudo revela ainda que 91 por cento das mães entrevistadas elege a manteiga para colocar no pão. 49 por cento opta pelo queijo. Apenas 38 por cento avalia a margarina ou o creme vegetal para barrar como a opção mais saudável.
Mães preferem manteiga
Um pequeno-almoço baseado em leite e pão com manteiga é, na opinião de 61 por cento das mães questionadas, uma refeição saudável.
«A manteiga contém muito mais sal do que as margarinas», reforça Manuel Carrageta, acrescentando que é possível «barrar o pão com gorduras mais saudáveis, de origem vegetal como é o caso das margarinas».
Apesar de 77 por cento das mães entrevistadas reconhecer que as margarinas têm origem vegetal, o estudo revela que na altura da compra optam pela manteiga e pelo queijo, gorduras saturadas, com colesterol e sal.
As mães consideram a manteiga mais saborosa (91 por cento), saudável (76 por cento), mais nutritiva (86 por cento) e com maior teor de cálcio (86 por cento) e vitaminas (65 por cento). Apenas 18 por cento sabe que as margarinas são mais saudáveis.
De acordo o presidente da Fundação Portuguesa de Cardiologia, as margarinas «devem ser a escolha de eleição para barrar o pão». Segundo diz, «este hábito deve ser incutido desde cedo, pois uma alimentação saudável adia possíveis problemas cardiovasculares numa idade adulta.
Fonte: Portugal Diário