Exercício durante a gravidez melhora coração da mãe e do bebê
Benefícios para todos
Estudos anteriores demonstraram que os exercícios físicos têm um efeito positivo nas futuras mamães e nenhum impacto prejudicial ao feto em desenvolvimento.
Um novo estudo agora leva esse conhecimento um pouco mais adiante, ao descobrir que não apenas as mulheres se beneficiam dos exercícios, mas também os seus futuros bebês.
Magnetocardiografia
Os cientistas levantaram a hipótese de que o exercício maternal durante a gravidez possa ter efeitos benéficos sobre a programação cardíaca fetal ao reduzir a taxa de batimentos cardíacos do feto e aumentar a variabilidade dessa taxa de batimentos.
Como resultado, um componente chave da pesquisa envolveu a magnetocardiografia, o equivalente magnético do eletrocardiograma. A magnetocardiografia é um método seguro e não-invasivo para registrar o campo magnético ao redor das correntes elétricas geradas pelo coração e pelo sistema nervoso do feto.
Além de medir a taxa de batimentos cardíacos e sua variabilidade, a magnetocardiografia permite o estudo das formas de onda cardíacas para medir os intervalos de tempo entre os batimentos.
Monitoramento fetal
Para o estudo, os registros fetais foram obtidos desde as 24 semanas de gravidez até o parto. Os eventos maternal e fetal foram gravados em tempo real. Movimentos fetais, tais como respiração e movimentos do corpo e da boca, foram gravados usando a magnetocardiografia para determinar o estado fetal e para rastrear acelerações na taxa de batimentos cardíacos.
Os exames foram feitos, em intervalos de quatro semanas, em mulheres grávidas classificadas entre as que faziam exercícios físicos e as que se declaravam sedentárias. As mulheres foram agrupadas de acordo com a freqüência, intensidade e duração dos exercícios físicos.
Efeitos dos exercícios físicos na gravidez
Os pesquisadores descobriram que:
os fetos de mães que fazem exercícios físicos apresentam taxas de batimentos cardíacos significativamente mais baixos. As taxas de batimentos cardíacos dos fetos de mães que não se exercitam são mais elevadas independentemente da atividade fetal ou da idade gestacional;
as diferenças entre as taxas de batimentos cardíacos dos dois grupos foram estatisticamente significantes em todas as idades gestacionais estudadas; a análise da variabilidade cardíaca de curto e longo prazos mostrou diferenças estatísticas significativas na 32ª semana de gestação e, menos significativas, na 36ª semana.
Mãe e bebê com corações mais saudáveis
"Este estudo sugere que uma mãe que se exercita pode não apenas desfrutar dos benefícios dos exercícios para o seu próprio coração, mas também ter resultados benéficos para o coração do seu bebê. Como resultado deste estudo-piloto, nós planejamos continuar a analisar o assunto para incluir mais mulheres grávidas na pesquisa, afirma Dra. Linda E. May, coordenadora do estudo.
Fonte: Diário da Saúde