Um estudo realizado nos Estados Unidos indica que metade das pessoas com menos de 50 anos, que parecem ter baixo risco de desenvolver doença cardíaca nos próximos dez anos, já apresentam danos nas artérias que podem levar a graves problemas cardiovasculares mais tarde.
De acordo com pesquisadores da Universidade do Texas em Dallas, nos Estados Unidos, 90% das pessoas com menos de 50 anos de idade apresentam baixo risco imediato de ter doença cardíaca. Porém, a nova análise, que avaliou o risco em longo-prazo de cerca de 4 mil pessoas, indica que 50% das pessoas dessa faixa etária não continuam tendo baixo risco durante toda a vida.
Normalmente, os médicos avaliam o risco cardíaco desses pacientes considerando níveis de colesterol e a pressão sanguínea, entre outros fatores. E, como resultado, quase todos apresentam baixo risco imediato. Na pesquisa, os voluntários passaram também por outras avaliações, incluindo ultrassom e tomografia computadorizada axial, que mostram precocemente evidências de doença arterial.
E os resultados indicaram que pessoas com alto risco de longo-prazo, indicado pela combinação dos exames convencionais com os especiais, mesmo que tenham um baixo risco em dez anos, já apresentam evidências iniciais de doença cardíaca, como espessamento arterial e formação de placas endurecidas nos vasos sanguíneos.
Por isso, os especialistas recomendam, mesmo para aqueles que apresentam baixo risco imediato, cautela e atenção aos fatores do estilo de vida que podem aumentar os riscos, pois a doença cardíaca geralmente se desenvolve silenciosamente, com a formação de placas nas artérias e redução do fluxo sanguíneo, que podem “explodir” em um infarto ou derrames.
Fonte: Circulation: Journal of the American Heart Association