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15/06/2009
Melhor forma para prevenir infartos

Estudos apontam a melhor forma para prevenir infartos e derrames em pacientes de alto risco

Pesquisas apresentadas no Congresso de Cardiologia nos EUA mostram que o uso diário de estatinas reduz a ocorrência de doenças cardiovasculares

Risco, para banqueiros, é sinônimo de aposta. Quanto maior, melhor será o lucro. Mas se o mercado não estiver a favor, o prejuízo também pode ser grande. Quando o assunto é saúde, risco é sinônimo de prevenção, principalmente quando se trata de doenças cardiovasculares, enfermidades que matam 17 milhões de pessoas por ano, principalmente por infartos e derrames, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Novos estudos apontam para uma forma diferente de prevenir infartos e derrames em pacientes de alto risco cardiovascular, como por exemplo, em portadores de diabetes e síndrome metabólica ou naqueles que sofreram derrame recentemente.

O primeiro estudo avaliou 2,8 mil portadores de diabetes tipo 2 e síndrome metabólica (conjunto de fatores que acentuam o risco cardiovascular). Os voluntários, todos livres de qualquer história prévia de problema cardíaco, foram divididos em dois grupos. O primeiro usou doses diárias de 10 mg de um medicamento redutor de colesterol chamado atorvastatina. O outro, placebo (um remédio sem efeito terapêutico). O grupo que usou atorvastatina apresentou um risco 41% menor de ter um evento cardiovascular grave – como uma parada cardíaca, por exemplo – e 61% menor de sofrer um derrame quando comparado ao grupo que utilizou placebo.

Mundialmente, 125 milhões de pessoas sofrem de diabetes tipo 2. E na maior parte dos casos, cerca de 86%, os portadores dessa enfermidade também têm síndrome metabólica. De acordo com a Fundação Internacional de Diabetes, 25% da população adulta mundial tem síndrome metabólica. Portadores dessa síndrome têm um risco três vezes maior de morrer de infartos ou derrames do que a população geral.

O segundo estudo, que avaliou 4,7 mil pacientes que já tinham sofrido um derrame, demonstrou que o uso diário de 80 mg de atorvastatina reduziu em 53% o risco de um evento cardiovascular grave, como infarto ou morte decorrente de problemas cardíacos, quando comparado ao placebo. Segundo a OMS, estima-se que 15 milhões de pessoas sofrem um derrame a cada ano. Dessa população, 5 milhões ficam permanentemente incapacitados de alguma forma.

“O mais impressionante é a magnitude do efeito cardiovascular da atorvastatina, como, por exemplo, a capacidade de reduzir em 61% o risco de derrame em pacientes com diabetes e síndrome metabólica”, observa John Betteridge, autor principal do estudo e professor de Endocrinologia e Metabolismo do hospital da University College London. A atorvastatina é o único medicamento da classe de estatinas – redutores de colesterol – a mostrar um efeito benéfico em pacientes que sofreram derrames recentemente.

A agência que regula medicamentos nos Estados Unidos (FDA) aprovou recentemente algumas novas indicações para a atorvastatina, como para reduzir o risco de infartos e derrames não-fatais, para alguns tipos de cirurgias cardíacas, para hospitalização para cirurgias cardíacas e para dores no peito para pacientes com histórico de doenças cardíacas.

Elas vêm agregar as indicações já tradicionais de reduzir o colesterol e de prevenir infartos e derrames em pacientes sem evidência clínica de doença cardiovascular, mas com múltiplos fatores de risco, mesmo que não tenham colesterol elevado. Isso é verdade principalmente em pacientes com diabetes e síndrome metabólica ou que sofreram derrame recentemente, conforme comprovaram os novos estudos apresentados no congresso norte-americano.

 




 

 

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