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15/06/2009
Riscos ao coração do fumante passivo

Riscos ao coração do fumante passivo são quase tão elevados quanto aos do tabagista

Estudos, um deles publicado no Journal of the American College of Cardiology, sugerem que o fumo passivo pode ser o primeiro passo para um evento cardiovascular agudo

Proibir o fumo em locais fechados e acabar de vez com os fumódromos são medidas que podem contribuir para diminuir os riscos à saúde cardiovascular do fumante passivo. Recentes estudos revelam que os efeitos nocivos da fumaça do cigarro são quase tão prejudiciais ao não fumante quanto para o tabagista.

Publicado no Journal of the American College of Cardiology¹, o estudo analisou os efeitos da exposição de não-fumantes à fumaça do cigarro e os resultados reforçam que os fumantes passivos sofrem alterações no endotélio (camada interna dos vasos sanguíneos), o que os tornam mais vulneráveis aos problemas cardiovasculares.

“Um rompimento no endotélio pode ser o primeiro passo para uma possível ocorrência de um evento cardiovascular agudo, como infarto ou derrame cerebral. Este é um problema muito sério no caso do fumante passivo e ativo, já que em um check-up de rotina não se identifica o risco de eventos agudos a que o paciente está exposto”, alerta a cardiologista Jaqueline Issa, diretora do Programa de Tratamento do Tabagismo do Incor (Instituto do Coração) de São Paulo.

Outra pesquisa conduzida pelos PHDs Stanton Glantz e Joaquim Barnoya², da Universidade da Califórnia, constatou em uma revisão de 29 estudos epidemiológicos publicados desde 1995, que o fumante passivo tem duas vezes mais chances de ter problemas cardiovasculares e o tabagista tem três. “Esta diferença estreita é muito maior do que imaginávamos,” comenta Jaqueline. “Isto ocorre porque o fumante passivo não cria mecanismos de defesa contra a fumaça do cigarro.”

Não existe um nível seguro de exposição à fumaça de cigarro. Pequenas quantidades podem ser prejudiciais para a saúde. Separar os fumantes, limpar o ar e ventilar os edifícios não é suficiente para eliminar a exposição ao fumo passivo. Um ambiente livre da fumaça do cigarro é a única forma de proteger completamente os não fumantes.

“O tabaco é o único produto legal capaz de prejudicar todas as pessoas expostas a ele”, lamenta Jaqueline. De acordo com a Associação Americana do Coração (AHA em inglês), de 37 mil a 40 mil pessoas morrem ao ano por doenças do coração e dos vasos sanguíneos, causadas pela fumaça do cigarro de outra pessoa. Um em cada 10 adultos no mundo morre por causa do tabaco, o que significa mais de 5 milhões de pessoas por ano, e dessas, 1 milhão só na América Latina. Entretanto o consumo do cigarro é comum em todo o mundo, graças a preços baixos, publicidade agressiva e políticas públicas inconsistentes.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), mesmo com grandes avanços na luta contra o tabagismo, nenhum país aplica todas as medidas decisivas para o controle do tabaco. Somente 5% da população mundial está protegida por algum tipo de legislação completa sobre a fumaça produzida pelo tabaco.

Tratamento

Já existe no mercado brasileiro um medicamento desenvolvido especificamente para o tratamento do tabagismo. Trata-se de Champix (vareniclina), cujo mecanismo inovador tem ação dupla. Ele se liga aos mesmos receptores no cérebro nos quais a nicotina atua, eliminando o desejo pelo cigarro, e estimula parcialmente o receptor, o que reduz os sintomas associados à falta do fumo, a chamada síndrome de abstinência. O medicamento aumenta em quatro vezes as chances de um fumante conseguir largar o cigarro, quando comparado ao placebo.

Como os receptores de nicotina no cérebro estão preenchidos pelo Champix, mesmo se o fumante deixar escapar um cigarro, ele não sentirá o prazer a que está acostumado. Ao adquirir Champix, o fumante passa a participar do Eu Quero Parar www.euqueroparar.com.br, um programa interativo que oferece suporte diário durante o tratamento e atua de forma adjuvante à terapia medicamentosa. Na prática, há o envio de mensagens personalizadas por e-mail ou SMS que dão apoio e suporte psicológico ao fumante. Champix é vendido em farmácias, mediante prescrição médica.

A Pfizer é a indústria farmacêutica que mais investe em pesquisa e desenvolvimento de novos medicamentos. O resultado desse trabalho são produtos que melhoram a saúde e a vida de milhões de pessoas em todo o mundo. Fundada em 1849 e presente em 150 países, a Pfizer comercializa medicamentos na área de Saúde Humana e Animal, como Lípitor, Champix, Sutent, Celsentri, Celebra e Viagra. No Brasil a companhia também desenvolve iniciativas sociais voltadas para a Educação em Saúde.

Fonte: ABN NEWS

 




 

 

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