As pessoas não ficam apenas suscetíveis às doenças respiratórias no inverno. A possibilidade de infartos também aumenta neste período com as baixas temperaturas. Os índices dessa doença oscilam entre 15% e 30%, principalmente quando a temperatura está abaixo dos 14 graus.
O ataque cardíaco pode ocorrer devido à exposição constante ao frio que provoca constrição dos vasos sanguíneos, o aumento da sequência cardíaca que podem elevar a pressão arterial.
Esses fatores levam à ruptura de placas de gordura dentro da artéria. A ruptura dessa placa e a formação de um coágulo, obstruem a passagem de oxigênio, explicou o diretor do Instituto Nacional de Cardiologia (INC), Marco Antonio de Mattos.
O diretor alerta que diabéticos, hipertensos e outros indivíduos que têm fatores de risco para doença coronária (infarto) devem evitar a variação súbita de temperatura. Os fatores de risco são sedentarismo (quem não costuma praticar atividade física), colesterol elevado, tabagismo e obesidade.
Ele salienta que idosos também devem tomar cuidado. É comum neste grupo, o infarto silencioso. Ele tem o infarto, mas não sente, por exemplo, a dor no peito. Ele pode passar inteiramente sem dor. E nem procura as emergências, diz o médico.
Aos idosos e a todas pessoas que estejam dentro dos fatores de risco, ele diz que é importante fazer exames de rotina, e ainda faz um alerta para quem não abre mão das caminhadas na orla da praia.
Além de controlar os fatores de risco, é importante se agasalhar bem neste período. Embora a região sudeste não registre muitas baixas temperaturas, ele disse que é sempre bom ficar atento no inverno.